A Edições Vida Nova lançou em 2010 o livro Colocando a Bíblia em Ação – Como tornar a Bíblia relevante para todas as línguas e culturas.
Um amigo recebeu o livro e logo me mostrou entusiasmado, sabendo que me interessaria. Afinal, esse é uma assunto interessantíssimo para quem está se preparando para o campo missionário em terras africanas.
O livro tem ênfase nos trabalhos indígenas, mas com práticas de ensino aplicáveis em várias situações.
Logo no prefácio, encontrei uma dica interessante sobre o tempo gasto ensinando e sobre a participação da classe no processo ensino-aprendizado.
Os autores lembram que “ao ensinar, observe a regra dos dez minutos. Ninguém deve ensinar por mais de dez minutos sem deixar tempo para alguma forma de discussão ou exercícios”.
Como estava indo para um congresso como prelator em uma de suas oficinas, quando fui apresentado ao livro, resolvi colocá-la em prática imediatamente de tão interessante que achei a ideia.
Tendo um tempo de uma hora e meia disponível, fiz como sugerido no livro. A cada dez minutos de prelação – requisitei a ajuda de um congressista para marcar o tempo e me avisar quando ele findasse – parava e aplicava uma dinâmica sobre o assunto ministrado e abria espaço para perguntas e compartilhamento (um total de 15 minutos). Assim, ao terminar minha preleção de 30 minutos intercalados, os congressistas haviam participado diretamente na construção do tema com 45 minutos, onde as dúvidas foram sanadas e experiências compartilhadas, havendo uma troca enriquecedora de opiniões. Sobrando 15 minutos para considerações finais e conclusão.
10 min | 15 min | 10 min | 15 min | 10 min | 15 min | 15 min
Divisão de tempo na Regra dos Dez Minutos – em vermelho tempo para dimâmica, ou compartilhamento , ou exercícios.Em preto, tempo do professor.
O que conclui foi, que o tempo gasto ensinando é proporcionalmente inverso ao quanto se consegue transmitir e ensinar. É melhor abrir espaço para uma aprendizagem participativa e sair da classe com um senso de realização e toda a turma alegre por contribuir, que falar sozinho e ninguém mais querer te ouvir!
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